sexta-feira, 13 de março de 2015

São Jorge

Resolvemos ir logo ao Parque Nacional, para não correr o risco de sair de lá sem ver a maior pérola da região. Como o feriado já tinha acabado foi tranqüilo, mas há limite máximo de pessoas por dia, por isso é importante chegar cedo, em épocas mais movimentadas.

É preciso preencher um formulário com seus dados e escolher entre as duas trilhas do parque: dos saltos ou dos cânions. Depois, é obrigatório assistir a um videozinho curto, explicativo sobre as trilhas e regras gerais de comportamento. Achei bem organizado, e o melhor é que nem cobram entrada! O guia é opcional, caso queira ajudar a comunidade e ouvir os causos da região, mas a trilha em si não demanda acompanhamento, está tudo bem sinalizado e cuidado.

Escolhemos a trilha dos saltos, mas na verdade nosso plano desde o início era fazer as duas numa tacada só. Com o GPS do Danilo e nossa velocidade média dava pra ter uma ideia se daria tempo ou não, e realmente deu. (mas considerem que não ficamos muuuito tempo parados em quase nenhum lugar)

Começamos pelos saltos. No caminho tem uns buracos onde o pessoal garimpava cristal, nessa parte o guia deve dar uma explicação melhor. Passamos pelo salto de 120m, que é lindo, lindo, mas só dá pra ver de cima, e depois chegamos ao salto de 80m. Neste é possível mergulhar no poção, mas como estava muito cheio tinha que ficar mais na beirinha... É enorme também, e tem um espaço bom em volta pra ficar descansando e admirando a vista!



 Salto 120


 Salto 80

 Peixinhos que ficaram beliscando meu machucado no joelho! rs



De lá fomos pra trilha dos cânions, o ruim é que tem que voltar quase até a portaria, para então começar a outra trilha. Bem que podiam fazer um caminho ligando as duas...

Um dos cânions está fechado à visitação porque o pato mergulhão, ameaçado de extinção, habita aquela área. Dizem que não tem mais do que 300 no mundo! Mas o cânion aberto já impressiona o bastante, é muito legal! Você vai andando pelas pedras até chegar no precipício e ver a água estourando lá embaixo! Mais abaixo no rio é possível se banhar, mas nem fomos até lá, porque gastamos muito tempo observando o cânion...






No caminho de volta, ainda se passa pela cachoeira Carioquinhas, que é enorme também, especialmente na largura! Vi fotos do pessoal tomando banho lá, mas nessa época estava muuuuito cheia, bem ruim para mergulhar! Mas é linda, vale a visita!



Voltamos para a portaria voando e chegamos antes de outros grupos até, o horário ficou de boa! Para aproveitar mais cada lugar, é bom começar mais cedo, porque a gente já saiu meio tarde...

De noite, repetimos a dose no Buriti, mas dessa vez eu e Felipe fomos de churrasco misto. O frango achamos um pouco salgado, mas a carne estava PER-FEI-TA! Recomendo muito!!

Sábado era o último dia da Luciana e do Danilo e deixamos eles escolherem. A ideia era ir na cachoeira do Segredo, mas como tem que atravessar o rio várias vezes e vinha chovendo muito ao longo dos dias, achamos melhor ir para a trilha do abismo e janela.

Tem um caminho que vai direto à janela e depois volta passando pela cachoeira do abismo, mas como estávamos sem guia fizemos o tradicional. Tem que deixar o carro numa área grande, onde o pessoal estaciona, e ir andando até uma casinha, onde um senhorzinho cobra entrada e ensina o caminho.

Passamos direto pela cachoeira e seguimos andando rumo à janela. Não tem erro, a trilha é bem demarcada. Só que é sol na cabeça o tempo todo, por isso fica um pouco cansativa. No meio do vale tem um riachinho, é bom abastecer as garrafas ali pra aguentar subir o morro depois, é uma subidinha boa! Lá em cima fica um pouco confuso, não tem mais um caminho demarcado, existem várias possibilidades, é escolher uma pedra para subir e apreciar a vista! Preste atenção de onde você está vindo, olhe para trás constantemente, para depois acertar a saída... Muita gente se perde ali.

Tem uma pedra que é a mais alta e por ser bem grande é boa de sentar pra descansar. A vista é absolutamente incrível!!! Depois de ver os saltos por baixo, é imperdível ver os dois lá do alto!




Para chegar à janela propriamente dita, tem que vasculhar a área e tentar a sorte. Fica um pouco mais à frente e abaixo da pedra maior, não é tão fácil de encontrar... Enquanto estávamos lá várias pessoas chegaram e foram embora e nenhuma delas passou pela janela...





Na volta, paramos na cachoeira do Abismo, que é pequena mas lindinha demais! O fundo é dourado e é uma piscininha de pedra bem lisinha, com a borda com um vistão do vale! (daí o nome abismo) É muito gostoso ficar ali, e tinha sol até de tarde! Descanso mais que merecido depois da trilha, para fechar o carnaval com chave de ouro!






De noite, decidimos experimentar outro restaurante, o Luar com pimenta, e comemos pizza. É gostosa, mas a massa é tão fina, mas tão fina, que tem que comer váaaaarios pedaços pra matar a fome, aí não sai tão barato...

O sorvete do Dragão Gelado é gostosinho, para fechar a noite!

Danilo e Luciana foram embora bem cedo e nem encontramos com eles (depois soubemos que o ônibus quebrou na altura de Planaltina, parece que isso é freqüente, então é preciso ter cuidado com o horário do voo).

Eu e Felipe fomos fazer um passeio relax na Morada do Sol, que é bem pertinho de São Jorge. Não tinha absolutamente ninguém e fiquei com um pouco de medo, na véspera estávamos conversando sobre criminosos em trilhas... A trilha é bem curtinha e tranquila, só estava um pouco escorregadia. Chega-se em uma área do rio com uma queda bem pequenininha, mas com um espaço gostosinho para se banhar. Só que acabamos nem ficando lá, porque eu estava realmente com medo de aparecer um bandido... rsrs



Voltamos e passamos na toca da Raposa, que é uma cachoeirinha com um poço, gostosa também, mas um pouco fria, porque não bate muito sol. Demos um mergulhinho e partimos, porque o caminho de volta era longo!



E assim encerramos o carnaval, que apesar da chuva que nos pegou algumas vezes foi maravilhoso!!! Um dia voltamos para conhecer o que faltou!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Alto Paraíso

Quando chegamos à noite, estava chovendo à beça e definitivamente acampar era nossa última opção. Por um milagre, conseguimos arrumar uma casinha com 2 quartos, que saiu a R$ 450 por 3 noites, depois de muita negociação! Um achado, em pleno carnaval!

Jantamos no restaurante Zu’s Bistrô, que é na verdade a varanda da casa da dona Vera. Preço bom, massa gostosa e bate-papo como se fôssemos velhos conhecidos! rs De quebra, se o filho dela estiver por lá vai te dar altas dicas de onde e como ir!

No dia seguinte, fomos até a Catarata dos Couros, que na verdade reúne uma série de quedas ao longo do Rio dos Couros. O rio é bem largo, então a cachoeira que dá nome ao atrativo é enorme, impressionante! 





Seguindo a trilha que vai beirando o rio dá pra ver mais duas quedas bem grandes, muito bonito! 





A última queda não dá pra ver, só se vê o precipício. Parece que na seca dá pra atravessar o poção e descer por uma trilha do outro lado do rio, mas é bom consultar um guia, porque já teve gente passando perrengue ali... Se a correnteza levar, um abraço!




No meio do caminho tem uns pedaços que formam umas prainhas, é bem gostoso pra tomar banho. E na primeira queda, a Catarata, também dá pra mergulhar no poço!


De noite fomos comer uma pizza no Cantinho das Delícias, muito gostosa, feita no forno à lenha! Recomendo!

No outro dia, ficamos na maior dúvida do que fazer, por causa do tempo, e acabamos indo para o Sertão Zen, só que já estava meio tarde. Achar o caminho foi um parto, não tinha ninguém pra indicar, e a única pessoa que poderia indicar ficou de má vontade falando que tinha que ter guia.

Chegamos em um ponto que achávamos que era o início da trilha e resolvemos arriscar. Pouco depois encontramos um casal voltando que confirmou que era ali mesmo. Seguimos andando por aquela paisagem de cerrado, subindo e descendo morros, sem muita certeza do caminho, até que chegamos à conclusão de que já tínhamos passado da entrada para a cachoeira. Encontramos um peão levando o cavalo que nos deu a direção, e deu a infeliz idéia de cortarmos caminho pelo mato. Eu estava de short e me arranhei toda, fora o medo de ser surpreendida por uma cobra! Furada total...




 Olha a chuva!



Depois de muito caminhar enfim chegamos no riozinho, mas eu só pensava em ir embora para não voltar no escuro. O Danilo ainda se meteu no mato até encontrar um ponto de onde dava pra ver a queda, mas era tão de longe que nem achei graça...

Voltamos logo ainda sem certeza do caminho, só com noção da direção, mas graças a Deus caímos de novo na trilha principal. Sinceramente não curti esse passeio, até foi interessante ver as paisagens, mas não se chega a lugar nenhum, é só pelo trekking mesmo...






De noite repetimos a dose na pizzaria, mas eu e Felipe pedimos uma carne, que demorou uma vida, mas estava muito gostosa. Como estávamos do lado do forno à lenha e o pizzaiolo ficou ouvindo nossas reclamações, no final nos mandou uma pizza de chocolate como pedido de desculpas. Muito legal da parte dele! E o melhor de tudo, a pizza era maravilhosa, com chocolate dos bons!!

Na quinta-feira, terminado o carnaval, saímos de Alto Paraíso rumo a São Jorge e fomos parando nos atrativos do caminho.

A primeira parada foi na Fazenda São Bento, R$ 20,00 de entrada, se não me engano. Fomos primeiro na Almécegas I, é uma cachoeira bem grande, mas só conseguimos ver a queda, não achamos como descer pra base dela nem tinha ninguém lá embaixo. Mas uma amiga foi lá com menos água e conseguiu descer, o poço parece bem bom pra banho...




Tem também uma trilhinha pra um pedaço do rio antes da queda onde dá pra se banhar, se soubesse que o resto estaria ruim, tinha ficado por ali...



Fomos na Almécegas II e estava horrível pra tomar banho, rio muito cheio e cheio de matinho em volta, acho uó pra entrar na água! Nem tinha onde ficar direito também!



Partimos então pra São Bento, a última esperança. Tem um poço bem grande, mas também estava muito cheio e só deu pra mergulhar rapidinho no canto, pra refrescar. Resumindo, não valeu mesmo o dinheiro da entrada...



Seguimos então pro Vale da Lua. No caminho, paramos pra tirar foto do Morro da Baleia, nada demais.



A estrada de Alto Paraíso pra São Jorge, depois que acaba o asfalto, está péssima, toda esburacada! Fomos beeeem devagarzinho, com medo de quebrar o carro! (mesmo sendo alugado! rs)

No Vale da Lua paga-se R$ 15,00 e tem uma trilhinha pequena e bem tranqüila pra chegar até o rio. É a coisa mais linda, super diferente!! Nunca vi nada parecido, dá vontade de tirar um milhão de fotos!









A parte que toma banho estava fechada por causa das chuvas e pouco depois de chegarmos começou a chover, nem deu pra ver tudo e tirar todas as fotos que eu queria! Ali fica perigoso quando chove, porque pode vir tromba d’água, então apareceu um funcionário mandando todo mundo vazar...

Choveu muito, muito mesmo, e a trilha virou um rio! Muito bizarro, ainda bem que estávamos de papete!




Partimos pra São Jorge e lá, depois de pechinchar nos hotéis, ficamos no hotel Casa Grande. Simples, mas bonzinho.  A menina que atende é meio doida, deu um desconto e depois voltou atrás, achei grosseira até. Mas o cara que trabalha lá é muito gente boa, super tranqüilo e já foi guia também, então dá umas dicas legais.

Jantamos no Restaurante Buriti, é um esquema parecido com o Spoleto, mas custa R$ 15 e pode comer dois pratos de massa, impossível não sair rolando! rs Bom custo-benefício, vale a pena!